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Você Minha Ilha
(Geraldo Azevedo)

Rodeada de sol, você minha ilha..
secreto farol, águas tranquilas..
flor tropical, tua pele brilha
pedra ancorada no azul
minha ilha perdida

eu.. barco partido nas desertas areias
pergunto as sereias
o prazer do perigo
desvendar teus mistérios, tuas maravilhas
percorrer tuas trilhas
é tudo que quero
e teu corpo de sol, de ondas e brisas
onde brilha o farol dos teus olhos, amor
paraíso tao perto, tão longe de mim
teu corpo é viagem,
descoberta sem fim

te abraçar.. toda nua,
refloresce com a lua, meu desejo por ti
em tua paisagem quero me perder
colher a flor selvagem que existe em vc
quando novamente a lua cheia brilhar
e a força das marés em teu corpo desaguar
ilha do sol, ilha do mar
ilha maravilha mulher,
com vc quero estar

 

Você se Lembra  
(Geraldo Azevedo/Pippo Spera/Fausto Nilo) 

Entre as estrelas do meu drama 
Você já foi meu anjo azul 
Chegamos num final feliz 
Na tela prateada da ilusão 

Na realidade onde está você 
Em que cidade você mora 
Em que paisagem em que país 
Me diz em que lugar, cadê você 

Você se lembra 
Torrentes de paixão 
Ouvir nossa canção 
Sonhar em Casablanca 
E se perder no labirinto 
De outra história 

A caravana do deserto 
Atravessou meu coração 
E eu fui chorando por você 
Até os sete mares do sertão 

Você se lembra...

Vento de Vozes
(Geraldo Azevedo/Eduardo Marques/Pippo Spera)

Volto a nascer
No meio do mar
Um vento de vozes
Cantando crescer
En las velas de um sonho real
Momento de fé
Sentir en la piel
Um gesto de amor
De verdad, quando chama
En el fondo de ti
Una esperanza
Que te acalma para sempre el alma
Se vierte en tu ser
E te ensina a esperar
Como espera
A semente a nascer
E depois uma flor
Confirmação de uma verdade

Viramundo
(Gil e Capinam)

Sou viramundo virado
Na ronda das maravilhas
Cortando a faca e facão
Os desatinos da vida
Gritando para assustar
A coragem da inimiga
Pulando para não ser preso
Pelas cadeias da intriga
Prefiro ter toda vida
A vida como inimiga
A ter a morte da vida
Minha sorte decidida
Sou viramundo virado
Pelo mundo do sertão
Mas inda viro esse mundo
Em festa trabalho e pão
Virado será o mundo
E viramundo verão
O virador desse mundo
Astuto, mau e ladrão
Ser virado pelo mundo
Que virou por certidão
Mas inda viro esse mundo
Em festa, trabalho e pão bis
Em festa, trabalho e pão

Volta da Asa Branca, A
(Luís Gonzaga/ Zé Dantas)

Já faz 3 noites que pro norte relampeia
A asa branca ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas e voltou pro meu sertão
Ai, ai, ai, eu vou-me embora vou cuidar da plantação
A seca fez eu desertar a minha terra
Mas felizmente Deus agora se "alembrou"
De mandar chuva pra esse sertão sofredor
Sertão das "mulé séria" dos "home trabaiadô"
Rios correndo as cachoeiras tão zoando
Terra molhada mato verde que riqueza
E a asa branca tarde canta que beleza
Ai, ai, ai, o povo alegre mais alegre a natureza
Revendo a chuva me "arrecordo" de Rosinha
A linda flor do meu sertão pernambucano
E se a safra não atrapalhar meus planos
Que é que há seu vigário/ vou casar no fim do ano

Violêro
(Elomar)

Vô cantá no canturí primero
As coisas lá da minha mudernage
Qui mi fizero errante e violêro
Eu falo sério i num é vadiage
I pra você qui agora está mi ôvino
Juro inté pelo Santo Minino
Vige Maria qui áve o qui eu digo
Si fô mintira mi manda um castigo
Apois pro cantadô i violero
Só hai treis coisa nesse mundo vão
Amô, furria, viola, nunca dinhêro
Viola, furria, amô, dinheiro não
Cantadô di trovas i martelo
Di gabinete, ligêra i moirão
Ai cantadô já curri o mundo intêro
Já inté cantei nas portas de um castelo
Dum rei qui si chamava di Juão
Pode acreditá meu companhêro
Dispois di tê cantado u dia intêro
O rei mi disse fica, eu disse não
Si eu tivesse di vivê obrigado
Um dia inantes dêsse dia eu morro
Deus feis os homi e os bicho tudo fôrro
Já vi iscrrito no Livro Sagrado
Qui a vida nessa terra é u'a passage
I cada um leva um fardo pesado
É um insinamento qui derna a mudernage
Eu trago bem dent'do coração guardado
Tive muita dó di num tê nada
Pensano qui êsse mundo é tud'tê
Mais só dispois di pená pelas istrada
Beleza na pobreza é qui vim vê
Vim vê na procissão u Lôvado-seja
I o malassombro das casa abandonada
Côro di cego nas porta da Igreja
I o êrmo da solidão das istrada
Pispiano tudo du cumêço
Eu vô mostrá como faiz a pachola
Qui inforca u pescoço da viola
Rivira toda moda pelo avêsso
I sem arrepará si é noite ou dia
Vai longe cantá o bem da furria
Sem um tustão na cuia u cantadô

Canta inté morrê o bem do amô.  

 

Virgem Virgínia

Alceu Valença/Geraldo Azevedo 

Virgem Maria, essa cidade 
Essa menina tem minha idade 
Quer me falar e se escondeu 
É a décima vez e se escondeu 
Atrás da vitrina de qualquer esquina 
No fundo do mar 
Nada, nada 
O carro, Virgínia, atropela, atropela 
A pressa, menina, atropela, atropela 
Os pés dessa gente, atropela, atropela 
A vida de frente, atropela, atropela 
Virgínia, a louca, a doida da corte 
De aquário 
Virgem Virgínia se acabou 
Essa cidade atropela, atropela, atropela... 

 

Veneza Americana 
 (Geraldo Azevedo/Carlos Fernando)

Iaiá mama
Maria minha mana
Mana a carta a preguiça
Um beijo à distância
Na palma da mão
O mapa do mundo
Eu vou por aí
Sou quase cigano
Veneza americana
Caliente sí
De pé na lama
Desperta
Baila a cubana
Mui louca Lolita
É quem te ama
A ti Veneza pernambucana
Terreiro do maracatu
De Dona Santa
Dos mangues do Capibaribe
Dos cocos si de Beberibe
Das matas lá de Apipucos
A casa a rede o chá
Da palha da cana
Caiana
É quem te engana
A ti Veneza Americana
Desperta
Baila a cubana
 

Virou Navio
(Hugo Fattoruso - Fernando Torrado Parra)

 Sei que estou dentro
E que esse é o meu lugar
Meu coração virou um navio
E nessas águas claras
Sei que vou te encontrar
Um profundo azul céu azul
Um azul de mar
Uma emoção me invade
E me faz feliz
E nessa calma minh'alma é plena
Sei o quero saber
Não precisa nem perguntar
Virei um navio
Vem uma brisa
Que chega e toca em mim
Vem mansinha e assim me seduz
E me faz voar
Aí minh'alma navega
Sem rumo fixo
Buscando um porto seguro
A um bom porto irá
...Sei que a um bom porto irá

Veja Margarida
(Vital Farias)

Eu vou partir pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim
Essas feridas da vida, Margarida
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar de mim
Veja você,
Arco-iris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou (bis)
E eu não quero ver você
Com essa gosto de sabão na boca
Veja meu bem, gasolina vai subir de preço
Eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim... ou é o fim...
Eu vou partir
Pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gosta de mim
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar de mim
Essas feridas da vida. Margarida
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra vocês gostar de nós...

Vida Cigana
(Geraldo Azevedo e Xico Chaves)

Tudo em volta é um mato fechado
Flecharam sem ter dó o meu coração
De mentiras e só seu amor salvará
Esse meu sonho cigano que vida me deu
De cantar só do meu jeito o que bem quiser
Pelos caminhos do mundo deixar
Tudo o que sou
Entre as folhas no alto da selva
Penetra a luz do sol pra me lembrar
Que é dia e que outros dias virão
Dentro dos olhos dos bichos que são meus irmãos
Como você que me salva na escuridão
Com suas mãos de folhagens amor
Pode me levar
Amor me leva sim
Bem no meio da mão
Vi um rio correr sem direção
Tudo aqui é um novo perigo
E não é tão fácil viver
Siga a estrela que a gente escolheu
Pra não se perder
Me leva sim pode me levar
Sigo se nada tivesse atrás
Até dormir e acordar com o sol

 

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