Confiante, D. Cila avisa que não deve chorar quando chegar a hora de ir para o aeroporto. “Não sou chorona, mas os olhos vão ficar com um pouquinho d’água. Terei muita saudade dos netos, dos filhos, dos amigos, da minha banda, que não vai poder ir, mas é uma oportunidade boa para mim”, declara.

   Na mala, além da saudade, ela irá carregar uma espécie de kit de emergência para os tempos longe do Recife. “Vou levar uma cachaça boa, que os belgas gostam muito. E um feijão preto, para fazer uma feijoada daquelas”, declarou.

   Nessa turnê, ao lado de Hugo Carranca (ex-percussionista da Bonsucesso Samba Clube) e de uma backing vocal, ela irá acompanhar o grupo belga Think of One, que conheceu o trabalho da conquista durante uma temporada ano passado no Recife, para pesquisar “os ritmos de Pernambuco”. Quando D. Cila foi apresentada aos gringos, a empatia foi imediata. Tanto que ela participou de várias faixas do CD deles, Chuva em Pó (com o título em português mesmo) - ainda sem data de lançamento no Brasil.