WOLFSBURG - A companhia brasileira de dança contemporânea Balé da
Bahia foi o destaque do festival Movimentos, celebrado em Wolfsburg, na
Alemanha, com a estréia de uma montagem transgressora e cheia de
contrastes, marcada pela fusão de estilos e a paixão pelo ritmo.
O espetáculo, concebido como uma alegoria a respeito da diversidade,
combinou a elegância da dança clássica com a magia do ritmo brasileiro,
a composição eletrônica e a voluptuosidade da música popular de origem
africana e árabe.
A antiga central termoelétrica de uma fábrica da Volkswagen foi o
insólito cenário de uma montagem cheia de energia, cor e
espiritualidade, que será apresentada até o sábado, entre ferros,
encanamentos, turbinas, geradores e caldeiras.
O eclético espetáculo combinou três peças distintas, unidas pelo conceito
do respeito pela interculturalidade, lema da quinta edição do festival
Movimentos, "Devir", de Luciano Bahia com coreografia de Mário
Nascimento; "Sanctus Suite", do britânico David Fanshawe e coreografia
de Luis Arrieta; e "Paradox", de Fabio Cardia com coreografia de Tindaro
Silvano.
O festival, que combina a dança com outras disciplinas artísticas, como a
música e o teatro, também apresentará as criações da companhia de dança
francesa CS-Philippe Decouflé, das israelenses Emmanuel Gat Dance e
Batsheva Dance Company, da japonesa Sankai Juku e da sueca
Cullberbaletten até o mês de maio.