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 Cine Ceará começa com história na Cuba pré-Fidel

 Fernando Birri, Ariano Suassuna e Thiago de Mello no 16º Cine Ceará
 

A Ilha da Morte, de Wolney Oliveira, dá início à 17.ª edição da mostra, com sede em Fortaleza, desde o ano passado aberta às produções ibero-americanas

Luiz Zanin Oricchio

Começa hoje, com a exibição fora de concurso de A Ilha da Morte, do cineasta cearense Wolney Oliveira, a 17.ª edição do Cine Ceará - Festival Ibero-Americano, que vai até o dia 8. Wolney é diretor do evento e apresenta uma história que se passa em Cuba (onde estudou cinema), com o personagem que deseja ser cineasta e chegar a Hollywood. O filme é uma co-produção entre Brasil, Cuba e Espanha e sua trama se passa na Havana de 1958, anterior portanto à revolução dos barbudos.

Desde o ano passado, o Cine Ceará tornou-se ibero-americano, formato novo para um festival que, desde sua criação, havia sido só brasileiro. Este ano duas produções nacionais concorrem com as estrangeiras - Patativa do Assaré - Ave Poesia, de Rosemberg Cariry, e Querô, de Carlos Cortez, que já concorreu em Brasília e acabou de vencer o Festival de Cuiabá. Competem com produções da Guatemala (As Cruzes, de Rafale Rosa), Portugal (Body Rice, de Hugo Vieira da Silva), Argentina (Chile 672, de Pablo Bardauil e Franco Verdoia), Espanha (De Bares, de Mario Iglesias), Peru (Mariposa Negra, de Francisco Lombardi) e a co-produção Cuba-Espanha-Venezuela (La Edad de la Peseta, de Pavel Giroud).

Esses concorrentes foram selecionados entre 117 longas, sendo 66 de países ibero-americanos e 51 brasileiros. É de se esperar, segundo esses números, que, com tal oferta, os organizadores tenham montado uma seleção de grande mérito artístico. Festivais se fazem de ineditismo e qualidade, embora nem sempre seja possível conciliar essas duas virtudes.

Outra atração do Cine Ceará é a mostra de 20 filmes da Caravana Farkas, A 'caravana' aconteceu por obra do fotógrafo Thomaz Farkas, húngaro de nascimento, brasileiríssimo de adoção, que, entre 1968 e 1972, produziu uma série de filmes de 'descoberta' do Brasil e dirigiu alguns deles. Entre eles, alguns tornaram-se famosos, como Memória do Cangaço, de Paulo Gil Soares, e Viramundo, de Geraldo Sarno.

Será muito interessante ver, em conjunto, essas imagens brasileiras daquela época. Na virada dos anos 60 para os 70, o Brasil era ainda um continente visualmente a ser descoberto e os cineastas, seguindo a inspiração do Cinema Novo, procuravam documentá-lo.

Das produções estrangeiras em concurso, destaca-se um nome mais notório, pelo menos para quem acompanha o cinema latino-americano. Trata-se de Francisco Lombardi, o mais conhecido diretor do Peru. Os outros parecem desconhecidos, pelo menos por aqui. Este será um festival de surpresas e descobertas. Espera-se que boas.

(© Agência Estado)

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Site Oficial do Cine Ceará


Recife sedia mostra de documentários

Os cinemas Apolo e do Parque e a Livraria Cultura vão receber o IV Panorama Recife de Documentários, a partir deste sábado (2) até a próxima quarta-feira (6), com exibição de filmes e vídeos em curta, média e longa-metragem, além de lançamentos de livro, palestras e debates com realizadores sobre a atividade audiovisual. A abertura acontece, a partir das 18h deste sábado, no Apolo, com o documentário Oscar Niemeyer – A Vida é um sopro, do diretor Fabiano Maciel. Ao todo, o público poderá conferir 40 produções, entre nacionais e internacionais, sendo 12 longas-metragens, sete médias-metragens e 21 curtas captados e/ou finalizados em película e em vídeo.

A programação da mostra, cuja homenagem desta edição será para a TV Viva - uma das produtoras de vídeo pioneiras em comunicação comunitária na América Latina -, terá entrada franca no Cinema Apolo e na Livraria Cultura. No Cinema do Parque, custará R$ 1. Como novidade deste ano, o Panorama traz uma série de debates da Livraria Cultura, com discussões a respeito da produção audiovisual em Pernambuco. Na ocasião, cineastas veteranos como Fernando Spencer, Jean Rouch, Vladimir Carvalho, Cacá Diegues (lançando o primeiro documentário) e Penna Filho juntam-se a jovens talentos como Avi Mograbi, Eugene Jarecki, Jay Rosenblatt e Claire Denis. Os participantes ainda vão contar com o lançamento do livro Democracia Audiovisual, de André Martinez, seguido de debate sobre o tema. (Confira proramação completa no link acima)

VÍDEOS - Durante o IV Panorama Recife de Documentários destacam-se produções como Estamira, de Marcos Prado, com inúmeros prêmios internacionais; Por apenas um Só dos meus dois olhos, do israelense Avi Mograbi, filme integrante da Mostra Oficial do Festival de Cannes 2005; Por que lutamos, de Eugene Jarecki, vencedor do Prêmio do Júri em Sundance, um dos maiores festivais de cinema independentes do mundo. E ainda O coco, a roda, o pneu e o farol, o mais novo longa pernambucano, de Mariana Fortes, agraciado no Cine PE.

Novos cineastas, filmes e vídeos pernambucanos são lançados todos os anos pela mostra. Os cinéfilos poderão conhecer Igbadu - cabaça da criação, de Carla Lyra; o curta-metragem Oficina perdiz, de Marcelo Díaz, Melhor Filme do Festival de Brasília, o mais importante do País, e Santiago, de João Moreira Salles, vencedor do Festival de Amsterdam, considerado o maior festival de documentários do mundo.

(© JC Online)


Confira a programação do IV Panorama Recife de Documentários

Sábado (2)

» Cinema do Parque - Ingresso: R$ 1
18h – Curta e Longa-metragem nacional
Vaidade (RJ, 2002, 12 minutos), de Fabiano Maciel.
Mulheres arriscam as suas vidas em canoas precárias da região amazônica e áreas de garimpo para vender produtos de beleza e cosméticos. Primeiro curta-metragem do diretor gaúcho.

Oscar Niemeyer - A vida é um sopro (RJ, 2007, 88 minutos), de Fabiano Maciel.
Aos 99 anos, o arquiteto fala sobre o Partido Comunista, Le Corbusier, o exílio, a construção de Brasília. Conta com depoimentos de Niemeyer, Chico Buarque, Ferreira Gullar e José Saramago. Após a sessão haverá um debate com a presença do diretor do filme.

» Livraria Cultura – Entrada franca
19h30 - Lançamento do livro Democracia Audiovisual com palestra do autor do livro André Martinez, diretor executivo da Brant Associados e do Instituto Diversidade Cultural. No livro faz uma proposta de articulação regional e sustentabilidade para a atividade audiovisual.

20h30 - Longa-metragem internacional
Do lado de Lathilde (FRA, 2004, 83 minutos), de Claire Denis.
Retrata as idéias, as peculiaridades e exercícios laboratoriais da obra coreográfica de Mathilde Monnier, lançada na Mostra Audiovisual de Dança, no Cinema Apolo.

Domingo (3)

» Cinema Apolo – Entrada franca
15h - Homenagem à TV Viva e exibição do documentário Desde Cuba Hasta Pernambuco, realizado em 2005 em parceria com a Casa Del Caribe. Com direção e roteiro de Nilton Pereira, faz um parâmetro das singularidades culturais entre os afrodescendentes da ilha caribenha e o do estado nordestino.

16h - Média-metragem
Grassroots (BRA/CAM, 2006, 55 minutos), de André Ferezini.  Um retrato íntimo dos jovens que vivem em Phnom Penh, capital do Camboja. A história recente do país é remontada através de opiniões sobre a atuação do Khmer Vermelho e a guerra civil que destruiu o país nos anos 70. Lançamento mundial no IV Panorama Recife de Documentários 2007.

17h - Longa-metragem internacional
Por que lutamos (Why We Fight, EUA, 2005, 98 minutos), de Eugene Jarecki. Analisa de forma jornalística como os Estados Unidos construíram o maior império bélico do mundo.  O filme refaz toda a história da Guerra Fria e suas conseqüências para o mundo. Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Sundance 2005.

Segunda (4)

» Cinema Apolo
15h - Foco: Brasília
Das ruas para a UNB (DF, 2006, 08 minutos), de Diana Paixão.  Produzido pelo Núcleo de Documentários da Radiobrás fala sobre Sérgio Reis, um ex-morador de rua que conseguiu passar no vestibular de psicologia na Universidade de Brasília (UnB). A sessão será apresentada por Elsa Chabrol.

Feliz Natal (DF, 2006, 16 minutos), de Guilherme Bacalhao. O esforço de uma família para conseguir mantimentos durante o período do Natal. Nesta época, as avenidas da Capital Federal ficam cheias de famílias que acampam, vindas das cidades satélites.

A bolandeira (PB, 1968, 10 minutos), de Vladimir Carvalho. A decadência dos engenhos de açúcar do interior da Paraíba, dotados de construções de madeira com tração animal. Clássico do documentário nacional inspirou Walter Salles em seu longa-metragem Abril Despedaçado.

16h - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
1964 - Encontro com a memória (PE, 2004, 19 minutos), de Marcelo Santos, Michel Bamps e Raphaella Vieira. Trinta anos depois do início da ditadura militar no Brasil, vítima e torturador se reencontram. Terceiro lugar no VIII Festival de Vídeo de Pernambuco 2006.
 
Vai indo que eu vou já (SP, 2006, 15 minutos), de Marcelo Perez e Rubem Barros. Trata do imaginário da morte de forma divertida, entrevistando um padre irlandês, um cineasta, em escritor, uma florista, um dono de cemitério, um mexicano e um mecânico pernambucano.

Os tambores do passado (Tourou et Biti, FRA/NIG, 1971, 12 minutos), de Jean Rouch. Filmado em um único plano, registra um ritual de possessão pela proteção da colheita de uma vila no Níger, país onde o etnógrafo francês acabou falecendo de acidente de carro, em 2004.

17h - Médias-metragens
Depois da festa (SP, 2006, 52 minutos), de Karina Fogaça. A região de Ilha Bela no litoral paulista é a Meca das mansões de veraneio de pessoas ricas.   Na região, eles convivem com os caiçaras, nativos que vivem da pesca e do comércio informal.

18h - Curtas-metragens

Hibakusha: Os herdeiros atômicos no Brasil (SP, 2006, 16 minutos), de Maurício Kinoshita. Série de depoimentos sobre habitantes da cidade de São Paulo que chegaram ao Brasil após a explosão nuclear em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.

Almery, a estrela (PE, 2007, 08 minutos), de Fernando Spencer. Biografia da atriz Almery Esteves, estrela do Ciclo de Cinema do Recife, que durou de 1923 a 1931 e foi o período mais profícuo para a cinematografia de longas-metragens em Pernambuco. Após a sessão, uma conversa com o realizador e ex-crítico de cinema do Diário de Pernambuco.

19h - Longa-metragem Nacional
Nas terras do bem-virá (SP, 2007, 110 minutos), de Alexandre Rampazzo. O conflito agrário no Brasil abordado com imagens inéditas da chacina de Eldorado dos Carajás e do assassinato da missionária americana Dorothy Stang. Filmado em 05 estados e 29 cidades da região norte-nordeste.

20h50 - Longa-metragem Internacional
O segredo (The Secret, EUA, 2006, 89 minutos), de Drew Heriot. Um grupo de especialistas analisam um segredo existente há séculos na humanidade e a possibilidade da realização pessoal em caso de  entendimento e boa aplicação dos princípios nele contido.

» Cinema do Parque 
16h30, 18h15 e 20 horas - Longa-metragem Nacional
O coco, a roda, o pneu e o farol (PE, 2007, 80 minutos), de Mariana Fortes. Mostra a música como elemento de miscigenação e de resistência, particularmente nas atividades dos mestres de cultura popular do Coco do Amaro Branco, em Olinda. Filme de estréia da diretora. Ao final da última sessão haverá uma apresentação musical, com a presença de elenco e diretora.

Terça (5)

» Cinema Apolo
15h - Sessão Especial Festival de Vídeo de Pernambuco
Quando a maré encher (PE, 2006, 30 minutos), de Oscar Malta. Registro do cotidiano dos pescadores urbanos da Ilha de Deus no Recife e o modo de vida criativo de cada um. Primeiro lugar do VIII Festival de Vídeo de Pernambuco 2006.

15 centavos (PE, 2006, 12 minutos), de Marcelo Pedroso.  Protesto de estudantes no centro do Recife contra o aumento de passagens de ônibus abordado de maneira pouco usual por uma câmera quase imperceptível. Segundo lugar no Festival de Vídeo de Pernambuco.

16h - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
Árvore sagrada (PE, 2006, 25 minutos), de Cléa Lúcia. A ocupação inadequada da caatinga sem se considerar sua rica biodiversidade. Integrante desta riqueza, o Umbuzeiro assume na região a imagem de árvore mítica e sagrada, por estar ligada à sobrevivência das   comunidades.

Em trânsito (MT, 2007, 25 minutos), de Elton Rivas. Mostra a luta pela terra do povo indígena Irantxe/Manoki, habitantes do noroeste do Estado de Mato Grosso. O diretor é professor da Universidade Federal de Mato Grosso.

Temo que sim (Afraid So, EUA, 2006, 03 minutos), de Jay Rosenblatt. Baseado em um poema em que cada verso propõe uma resposta implícita: temo que sim. A destruição iminente permeia o filme. Obra-prima do excelente documentarista e professor norte-americano.

17h - Médias-metragens
Uma cruz, uma história e uma estrada (PE, 2007, 52 minutos), de Wilson Freire. Vencedor da terceira edição do Programa DOC TV, em Pernambuco, parte das cruzes de beira de estradas para fazer uma busca de histórias e resgate de memórias do imaginário coletivo. A sessão será apresentada pelo realizador e sua equipe de produção.

18h - Curtas-metragens
Oficina perdiz (DF, 2006, 20 minutos), de Marcelo Díaz. José Perdiz, dono de oficina mecânica em Brasília resolve abrir as portas para o teatro alternativo no Distrito Federal e enfrenta a perseguição de autoridades. Melhor curta no Festival de Brasília do ano passado.

Schenberguianas (PE, 2006, 20 minutos), de Sérgio Oliveira e William Cubits. Cinema, música e outros temas inspirados na obra do físico nuclear e crítico de arte pernambucano Mário Schenberg (1914-1990). Vencedor do Concurso de Roteiros Firmo Neto 2002.

19h - Longa-metragem Nacional
Nenhum motivo explica a guerra (RJ, 2006, 84 minutos), de Cacá Diegues e Rafael Dragaud. O grupo cultural AfroReggae mostra em sua  trajetória que é possível reverter o estigma da violência das   favelas. Após 15 longas, este é o primeiro documentário da carreira de Cacá Diegues.

20h50 - Longa Internacional
Por apenas um dos meus dois olhos (Pour Um Seul des Mes Deux Yeux, ISR/FRA, 2005, 100 minutos), de Avi Mograbi. Construção de faraônico muro em volta de Israel permite ao diretor abordar o assunto como integrante do filme. Este isolamento recria o mito de Sansão e Massada.  O filme entra em cartaz após a mostra no Cinema Apolo.

» Livraria Cultura
17h - Fomento, distribuição e exibição de documentários Palestra de Elsa Chabrol, diretora do Núcleo de Documentários da Radiobrás, em Brasília (DF). Na ocasião, ela vai falar sobre o projeto da estatal brasileira em promover discussões acerca do papel do documentário e sua importância para o setor audiovisual. Debatedora: Tarciana Portella, Delegada Regional do Ministério da Cultura, que fará uma apresentação sobre os editais e projetos do Governo Federal para a área.

» Cinema do Parque
16h30, 18h15 e 20 horas - Longa-metragem Nacional
Um crauqe chamado divino (SC, 2006, 81 minutos), de Penna Filho. A trajetória do jogador de futebol Ademir da Guia, membro da famosa Academia, time do Palmeiras que fez historia na década de 70. Conta com depoimentos de Juca Kfouri, Gérson, Sócrates, Leivinha e Fiori Gigliotti.

Quarta (6)

» Cinema Apolo
15h - Sessão Especial DOC TV
Calabar (AL, 2006, 52 minutos), de Hermano Figueiredo. Considerado ao mesmo tempo herói e traidor, Domingos Fernandes Calabar tem incerto até o ano de seu nascimento, 1600. Senhor de engenho de Pernambuco, morou em Porto Calvo (AL) e teve papel decisivo na  Invasão Holandesa de 1930-1954.  A sessão será apresentada pelo diretor. Venceu o DOC TV AL/2006.

16h - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
Neuronha (PE, 2006, 14 minutos), de Daniel Barros. Neuronha é a neurose que se manifesta em moradores do arquipélago de Fernando de Noronha. Prêmio do público no VIII Festival de Vídeo de Pernambuco 2006.  Segundo curta em vídeo do diretor.

HQ: A 9ª arte (SP, 2006, 28 minutos), de Daniela Santana e Priscila Sodré. A história em quadrinhos como expressão artística. Por meio de entrevistas de profissionais do setor são abordados o enredo, a lógica do trabalho, a construção dos personagens, a vida do quadrinista.

Cidade adormecida (Ciudad Dormida, ESP, 2006, 09 minutos), de Enrique Rodriguez e Moncho Fernández. Sem diálogos, o filme nos dá uma visão diferenciada, geométrica, de uma cidade vazia, onde só as máquinas funcionam, causando uma sensação de desconforto e dúvidas.

17h - Médias-metragens
Lutzenberger: For ever gaia (RS, 2006, 52 minutos), de Otto Guerra e Frank Coe. Perfil do cientista e ambientalista José Lutzenberger (1926-2002), cujo trabalho está todo voltado para o desenvolvimento sustentável, a partir da agricultura ecológica. Vencedor do DOC TV/RS.

18h - Curtas-metragens
Viva volta (PR, 2005, 15 minutos), de Heloísa Passos. O trombonista  Raul de Souza é retratado em sua volta a Bangu, subúrbio do Rio e no seu encontro com Maria Bethânia e Jaime Além. A realizadora paranaense é uma diretora de fotografia experiente, formada em  sociologia.

Igbadu, cabaça da criação (PE, 2007, 15 minutos), de Carla Lyra.  Mantendo a tradição, o Panorama Doc lança o mais novo documentário em película de Pernambuco sobre a figura da cabaça nos rituais afro.  Venceu o Concurso de Roteiros Firmo Neto 2004. Lançamento nacional, com sessão apresentada pela realizadora e a equipe.

19h - Longa-metragem Nacional
Santiago (RJ, 2007, 79 minutos), de João Moreira Salles. Através da história do mordomo da casa onde morou o diretor retoma a montagem de um  documentário iniciado em 1992. A memória do entrevistado e sua vasta cultura se sobressaem neste processo de construção cinematográfica. Após a sessão haverá um debate com o diretor.

20h50 - Longa-metragem Internacional
Rolling like a stone (SUE, 2005, 65 minutos), de Stefan Berg e Magnus Gertten. Filme amador registra o encontro do grupo Rolling Stones (ainda com Brian Jones) em 1965 com músicos suecos, em Malmö. Quarenta anos depois, os diretores localizaram alguns dos músicos suecos que aparecem no filme.

» Livraria Cultura
18h - Mesa de Debates: A Realização de Documentários em Pernambuco - Depoimentos de realizadores locais com filmes exibidos no IV Panorama Recife de Documentários. São eles: o jornalista, documentarista e crítico de cinema, Fernando Spencer; Nilton Pereira e Eduardo Homem, da TV Viva, e Mariana Fortes, diretora do longa-metragem O coco, a roda... Mediação do roteirista e poeta Wilson Freire, diretor do média-metragem Uma cruz, uma história..., vencedor do DOC TV PE 2006.

» Cinema do Parque
16h30 e 19h - Longa-metragem Nacional
Estamira (RJ, 2006, 115 minutos), de Marcos Prado. Mulher de 63 anos sofre de distúrbios mentais analisa aspectos da vida. Ela trabalha há 20 anos no Aterro Sanitário do Jardim Gramacho. O longa-metragem já venceu 22 prêmios internacionais e é o filme de estréia do diretor. Após o evento, os filmes Estamira e Um Craque Chamado Divino entram em cartaz, em curta temporada, no Cinema do Parque.

SERVIÇO:
Cinema Apolo
Rua do Apolo, nº 121, Recife Antigo - Recife
Tel.: (81) 3224.1114/3424.5429

Cinema do Parque
Rua do Hospício, nº 81, Boa Vista
Tel.: 3232.1556

Livraria Cultura
Rua Madre Deus, s/nº, Paço Alfândega, Bairro do Recife
Tel.: 2102 4033

(© JC Online)

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