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 Tributo a Capiba agora em CD

 

 Capiba
 

Projeto Capiba: Madeira que cupim não rói inicia uma nova temporada do espetáculo com lançamento de álbum com canções e causos

Marcos Toledo

mtoledo@jc.com.br

No país do esquecimento são sempre louváveis as iniciativas que ajudam a manter viva a memória de nossa cultura. O projeto Capiba: Madeira que cupim não rói, que já havia contribuído para essa preservação com o espetáculo homônimo, agora soma mais uma ação: um CD com canções e causos sobre o compositor Lourenço da Fonseca Barbosa (1904-1997).

Gravado com a participação de amigos e feras da música instrumental local, o álbum é lançado hoje no início de mais uma temporada do espetáculo no Teatro Santa Isabel. O evento fica em cartaz até domingo e volta a ser apresentado na próxima semana, de quarta-feira a sábado.

O repertório do disco Capiba: Madeira que cupim não rói é praticamente o mesmo do espetáculo. A diferença é que na gravação há a famosa Valsa verde e no show ainda são interpretadas Recife, cidade lendária e É de amargar.

A peculiaridade do CD é que ele segue o mesmo formato do que é mostrado no palco. Além das composições de Capiba, abre com um monólogo em tributo ao autor recitado por Aldemar Paiva, que em alguns momentos interrompe a execução das canções para contar causos sobre o homenageado, como em Cais do porto.

Claudionor Germano, cantor que deu a voz mais marcante à obra de Capiba, e Expedito Baracho interpretam os versos de temas como Resto de saudade, Maria Betânia e A mesma rosa amarela. Outras músicas, apenas instrumentais, destacam a interpretação do regional montado especialmente para o projeto: Beto do Bandolim (também diretor musical, arranjador e regente), Nestor do Cavaquinho, Alberto Guimarães (violão de sete cordas), Mozart Ramos (flauta transversa), George Rocha (pandeiro) e Xaruto (surdo).

Ao vivo, além do conjunto, há a participação de bailarinos do Balé Popular do Recife e da Laiz Sena Cia. de Dança.

(© JC Online)


Mônica Feijó entra em nova fase

Marcos Toledo
mtoledo@jc.com.br

Uma das poucas vozes femininas de destaque desde o princípio da chamada nova cena de música pop pernambucana, lá no início dos anos 90, ela ganhou o título de Musa do Mangue-beat quando ainda era backing vocal do grupo Faces do Subúrbio. Depois de dois álbuns solo, a cantora, atriz e dançarina Mônica Feijó resolve dar nova mexida na carreira e apresenta, hoje, no bar Cuba do Capibaribe, as sonoridades que vão ditar o repertório de seu terceiro CD. O DJ Dolores faz uma participação nas picapes.

Ex-integrante da banda Tusch – formada por ninguém menos que as feras Thales Silveira (baixo), Alexandre Bicudo (guitarra) e Erick Hoover (bateria) –, na primeira metade da década de 90, Mônica Feijó gravou seu primeiro disco solo, Aurora 5635, em 2001, uma obra de música pop já renovada em relação ao trabalho anterior e em sintonia com o melhor que estava sendo feito na cena do Recife. No repertório, composições próprias e de autores como Junio Barreto (foi a primeira cantora a visitar a obra dele interpretando Amigos bons), Fábio Trummer, Fred 04, Pácua e Cannibal, entre outros.

Em 2005, com Sambasala, a artista se uniu ao grupo Choro Brasil e enveredou pelo samba dando um tratamento do gênero para compositores como os supracitados Pácua, Junio, Trummer e 04, além de outros nomes, a exemplo de Roger Man, Ortinho, Alê e Maíra Macêdo.

Agora, a cantora anuncia uma remodelação no conceito de sua música que, com base em sua descrição, une a experiência dos dois álbuns anteriores, contudo, mais próxima da idéia pop de CD de estréia. “Estou numa fase de transição e fazendo um show já com outra sonoridade”, conta a intérprete, que encerrou a parceria com o Choro Brasil e montou uma banda de apoio formada por Júnior Areia (baixista e produtor de seus dois CDs), Rafa B (bateria e percussão), DJ Rossi (bases, scracthes e samples) e Samico (violão de sete cordas, guitarra e cavaquinho).

As canções inéditas, que farão parte de seu terceiro disco, Mônica mantém “a sete chaves”. Porém, antecipa algumas releituras que mostra ao público do Cuba do Capibaribe, hoje à noite: Não deixa o samba morrer (Édson & Aloísio) e Juízo final (Élcio Soares & Nelson Cavaquinho), além de músicas de Roberto Carlos, Moacir Santos e DJ Dolores.

Temas de Aurora 5635, como Toca pra Zumbi, Esquina e Eu tenho pressa, e de Sambasala, a exemplo de Cadê você, Procurando dum dum e Pode me chamar, ganharam arranjos mais dançantes. O DJ Dolores, mestre de cerimônia da noite, deve produzir o terceiro álbum da cantora.

(© JC Online, 27.06.2007)

 

 

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