O novo número da revista Continente Multicultural, que chega às bancas esta semana, será lançado em grande estilo, com um coquetel hoje, às 19h, no Espaço Brennand. Na capa, o dono do ‘espaço’, em uma longa matéria assinada por Marco Polo e com colaboração de Weydson Barros Leal, ilustrada por um ensaio fotográfico de Breno Laprovítera e ainda ancorada pelo audacioso título Brennand nu.

   Em pouco mais de 20 páginas da reportagem, o artista faz revelações sobre sua obra e, claro, vida pessoal. “Tenho 74 anos. Há uma série de coisas que pra mim não têm mais importância. Eu me defino como feudal, supersticioso e pornográfico. E digo mais: quando não existem superstições catalogadas, eu invento. E sempre estou tentando relacionar as coisas como se fossem um fio que não se parte. É um fio condutor que me leva a um resultado qualquer, como se fosse uma predestinação. Até reencontrar a divindade, alguma coisa que rege isso tudo”, comenta o artista.

   A publicação traz ainda poemas e um contos erótico inédito desse artista que nunca deixa de causar polêmica e de surpreender os seus conterrâneos ou não.

   Além do ‘dossiê Brennand’, a publicação traz ainda um artigo da professora da UFRJ Heloísa Buarque de Holanda. Nesse texto, ela aponta a poesia de periferia brasileira. E uma entrevista com Eduardo Subirats, na qual ele revela: “a arte européia é afirmação narcisística barata”. O filósofo critica os defensores do pós-modernismo, que, segundo ele, “fala apenas da transformação do capitalismo nos últimos 20 anos” e propõe um caminho humanista e de recuperação da memória para os países hispano-americanos.

   Os cem anos de José Lins do Rego também são lembrados, com uma longa reportagem de Edson Nery da Fonseca. Ainda no terreno da literatura, Marcelino Freire aponta trechos inéditos de novos talentos (em divulgação em mídia, publicação, não em idade), como Marcelo Mirisola, Nelson de Oliveira e Evandro Affonso Ferreira.