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Morre nos EUA o maestro pernambucano Moacir Santos

11/06/2008

O maestro pernambucano Moacir Santos


Com informações do JC, Agência Globo e sites especializados

Considerado o maestro dos maestros, o pernambucano Moacir Santos faleceu nesta segunda-feira, aos 80 anos, nos Estados Unidos, onde morava há quase 40 anos. O músico faleceu por volta do meio-dia (horário de Los Angeles), num hospital perto de sua casa. Ele estava internado havia dois dias, depois de sofrer um derrame. O corpo do músico será enterrado em Los Angeles. Ele deixa mulher, Cleonice Santos, e um filho, Moacir Santos Filho.

A morte de Moacir Santos ocorre menos de um mês depois de o músico ser escolhido o grande vencedor do Prêmio Shell de Música 2006. Comparado a Pixinguinha pelos arranjos inovadores e timbres que extraiu das orquestras e conjuntos que liderou, o maestro teve, ano passado, sua obra lançada em três songbooks, além de um CD, Choros & alegria.

Instrumentista, arranjador, regente, compositor e saxofonista, Moacir Santos nasceu na cidade de Flores, a 323 km do Recife, onde, quando criança, se divertia acompanhando a banda. Também foi professor e, entre seus alunos ilustres, estão Baden Powell e Paulo Moura. 

Também escreveu trilhas sonoras de documentários e dos filmes "Seara vermelha", de Jorge Amado, com direção de R. Aversa; "Ganga Zumba", de Cacá Diégues; "O santo médico", do diretor francês Sacha Gordine, "Os fuzis", de Ruy Guerra, entre outros. Nos Estados Unidos, integrou a equipe de Henry Mancini.

Seu trabalho mais conhecido foi o antológico disco Coisas, de 1965. Cinco anos antes, ganhara o diploma de Músico do Ano conferido pelo Sindicato dos Músicos Profissionais do então Estado da Guanabara (Rio de Janeiro) juntamente com a União dos Músicos do Brasil. Em 1966, foi nomeado Membro da American Society of Composers Authors and Publishers (Ascap) e, em 1967, se mudava para os Estados Unidos.

O reconhecimento aos trabalhos de Moacir Santos atravessou décadas: em 1996, recebeu a Comenda de Grau de Oficial da Ordem do Rio Branco, do presidente da República do Brasil.

(© JC Online)


Morre, aos 80 anos, o compositor e arranjador Moacir Santos

O compositor e arranjador Moacir Santos morreu neste domingo, às 12h30m, horário de Los Angeles, onde morava. Ele estava internado há dois dias, depois de ter sofrido um derrame. O corpo do músico será enterrado em Los Angeles. Ele deixa mulher, Cleonice Santos, e um filho, Moacir Santos Filho. Moacir fez 80 anos no último dia 26 de julho, dias depois de ter ganhado o Prêmio Shell de Música, que receberia em novembro.

Compositor, arranjador, maestro, saxofonista, o pernambucano Moacir Santos era mestre, literalmente. Foi professor de João Donato, Paulo Moura, Baden Powell, Nara Leão, Roberto Menescal e Sergio Mendes. Nascido no sertão, o músico trabalhou em Recife, na Bahia, no Ceará e na Paraíba, até chegar ao Rio de Janeiro, em 1948. onde ficou 19 anos na Rádio Nacional.

Foi homenageado por Vinicius de Morais em “Samba da benção” “Moacir Santos/ tu que não és um só, és tantos/ como este meu Brasil de todos os santos”), e com ele compôs algumas de suas mais famosas canções, como “Menino travesso” e “Se você disser que sim”.

Moacir vivia em Los Angeles desde 1967 e teve maior reconhecimento nos Estados Unidos do que em seu próprio país. Ele gravou pelo prestigiado selo Blue Note os LPs "Saudade" (1972) e "Maestro" (1974), foi indicado ao Grammy e compôs trilhas sonoras para cinema.

O resgate de sua música no Brasil se deu em 2001, quando sua obra foi regravada no CD duplo e no DVD "Ouro negro", produzidos por Mario Adnet e Zé Nogueira. Os dois, discípulos fiéis do mestre, prepararam três songbooks já lançados. O primeiro dedicado a "Coisas", o segundo com os arranjos de "Ouro negro" e o terceiro com as partituras de "Choro & alegria".

(© O Globo)


Maestro Moacir Santos morre aos 80 nos EUA

O compositor e arranjador, que recentemente fora escolhido o vencedor do Prêmio Shell de Música pelo conjunto de sua obra, não resistiu ao 2º derrame

Enterro será nos Estados Unidos, onde Santos vivia desde 1967; nos últimos anos, músico voltou ser homenageado no Brasil


DA SUCURSAL DO RIO

O compositor, maestro e arranjador Moacir Santos morreu no domingo, aos 80 anos, em Pasadena, Califórnia, onde vivia com a mulher, o filho e os três netos. Santos, que carregava seqüelas de um derrame sofrido nos anos 90, não resistiu a um segundo derrame. Seu corpo será sepultado nos EUA, para onde se mudou em 1967.

Em 18 de julho, Santos foi escolhido o vencedor deste ano do Prêmio Shell de Música, que contempla um compositor pelo conjunto de sua obra. Foi mais um da série de reconhecimentos que ele teve nos últimos anos. "Ele era o grande maestro da música afrobrasileira. Exerceu sobre nós uma influência serena, sem ir atrás de espaço na mídia", diz João Bosco.

Em 2001, quando ninguém no Brasil falava mais em Santos, os músicos Mario Adnet e Zé Nogueira lançaram o CD duplo "Ouro Negro", em que comandavam uma orquestra na execução de temas do compositor em seus arranjos originais -alguns acrescidos de letras de Nei Lopes. Entre os cantores que participaram do projeto, Gilberto Gil, Milton Nascimento e João Bosco. O próprio Santos cantou no disco, já que não podia mais tocar seu sax.

O CD ganhou prêmios, rendeu um DVD, estimulou o relançamento em 2004 do único álbum gravado por Santos no Brasil ("Coisas", de 1965), abriu portas para a gravação de um outro disco com temas do compositor ("Choros & Alegria", que ganhou o Prêmio Tim neste ano) e deu nova vida a ele, que passou a visitar mais o Brasil e a se sentir reconhecido.

"Ele esperou por isso e se foi. Tudo o que aconteceu o deixou feliz", disse Mario Adnet, que está realizando um DVD sobre Santos. O show para a entrega do Prêmio Shell, no Rio, acontece em novembro: uma orquestra tocará as composições, e o filho do maestro, Moacirzinho, receberá o troféu.

Nascido em Vila Bela, no sertão de Pernambuco, Santos cresceu em Flores do Pajeú (PE). Foi escolhido para cuidar dos instrumentos da banda de música da cidade e passou a ser orientado pelos músicos. Tornou-se um multiinstrumentista. Aos 14, começou a correr o Nordeste tocando em bandas.

No Rio, trabalhou na Rádio Nacional, em gravadoras e emissoras, e foi professor de músicos como Baden Powell, Paulo Moura, Roberto Menescal e Dori Caymmi.

Participou de vários discos da bossa nova como arranjador. Parceiro de Vinicius de Moraes, foi homenageado em "Samba da Benção": "Maestro Moacir Santos, que não és um só, mas tantos."

Com a mudança para os EUA, ganhou projeção internacional como compositor de trilhas de cinema, trabalhando com Henry Mancini, e lançou quatro discos instrumentais. (Com RONALDO EVANGELISTA, colaboração para a Folha)

(© Folha de S. Paulo)

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