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 Festival celebra o Brasil real de Ariano

 

 

 

Ariano Suassuna, 80 anos em junho
 

Fundação Joaquim Nabuco e Fundarpe se unem para realizar o Festival das Culturas Populares, com shows, exposições, comidas típicas, oficinas e palestra sobre o escritor

O aniversário de 80 anos do escritor Ariano Suassuna foi comemorado oficialmente em junho, mas as homenagens ao mestre de Taperoá continuam. De hoje a sexta, a Fundação Joaquim Nabuco e o Governo do Estado (Fundarpe) promovem o Festival das Culturas Populares, que gira em torno do tema O Brasil Real de Ariano Suassuna. Apresentações culturais, exposições, comidas típicas, oficinas e uma palestra movimentam a programação diária, das 10h às 17h, no espaço do Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte.

“Montamos a grade a partir de uma pesquisa que fizemos do perfil e da obra de Ariano Suassuna. Por isso, estamos trazendo grupos da região dele, de Taperoá, na Paraíba, e o circo, por exemplo, que foi muito presente na vida dele”, ressalta Vânia Brayner, coordenadora geral do Museu do Homem do Nordeste, que contou com o apoio e a consultoria de Maria Suassuna, uma das filhas do paraibano.

O circo ao qual se refere a funcionária da Fundaj, no caso do cronograma do festival, é o pernambucano Gran Londres Circo, de Índia Morena, que fica montado todos os dias do evento no pátio do museu, aberto ao público. Quanto aos grupos da Paraíba, os convidados são Cambinda Nova de Taperoá, Orquestra Filarmônica Maestro João Ferreira de Taperoá e Bumba Meu Bode, de Cabaceiras (PB). O grupo de reisado Cambinda Nova de Taperoá, aliás, é uma das atrações que merece destaque: trata-se de uma manifestação popular quilombola, criada há 100 anos e organizada atualmente pelo mestre Ednaldo Levino Pereira. A apresentação é amanhã, em dois horários: às 10h, antes da palestra da antropóloga Aparecida Nogueira, que coordena o Núcleo de Estudos Ariano Suassuna, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e às 14h. A professora vai falar sobre o imaginário que envolve a arte e, sobretudo, a filosofia de Suassuna em relação ao ideal de cultura brasileira.

Os “afilhados” do secretário de Cultura, como o Mestre Salustiano, a Camerata Armorial (regida por Rafael Garcia), Bloco Carnavalesco Misto Madeira do Rosarinho e Antônio Madureira também compõem a programação do palco do festival, onde se apresentam até sexta. O teatro também tem vez com a encenação da peça A inconveniência de ter coragem, cujo texto é do próprio Suassuna e a montagem, do Grupo Teatral Galpão das Artes de Limoeiro (PE), dirigido por Fábio André. O espetáculo, cuja história é inspirada em personagens do mamulengo, já passou por várias cidades, inclusive o Recife. Essa é uma oportunidade para quem não viu (confira quadro acima).

Duas exposições também podem ser vistas no local. Um delas está em cartaz há alguns meses, é Ariano Suassuna e seus personagens, enquanto a outra, de caráter biográfico, é inagurada especialmente para a ocasião, na galeria do museu, com pertences do escritor.

As oficinas são voltadas para estudantes da rede pública e privada. Seis mil alunos já se inscreveram.

(© JC Online)

Com relação a este tema, saiba mais (arquivo NordesteWeb)


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