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Cordel do Fogo Encantado lança novo CD

11/06/2008

Apesar de mais melódico, Transfiguração não é menos teatral, deixando espaços para Lirinha exercitar suas performances


Com a proposta de "mexer com coisas que faziam parte do terreno sagrado do Cordel do Fogo Encantado", o terceiro CD da banda pernambucana (Transfiguração) será lançado nesta sexta-feira (6), às 22h, no Clube Português. O terreno sagrado de que citou o vocalista Lirinha, neste caso, é o palco, onde a banda começou, ainda em Arcoverde, e onde seus álbuns anteriores foram depurados. Com exceção da faixa Morte e vida Stanley, já saída num single, o restante do repertório foi criado sem ser testado diante das platéias.

A forte presença cênica é uma característica dos shows do Cordel, e o desta sexta não vai perder esse tom. Apesar de mais melódico, Transfiguração não é menos teatral, deixando espaços para Lirinha exercitar suas performances. De acordo com a produção da festa, praticamente todas as 14 faixas do CD estarão presentes no show, além de novo cenário e figurino.

Durante a noite, com produção da RecBeat, o público também poderá conferir o lançamento de dois videoclipes de músicas do novo trabalho: Preta, com direção de Bruno Mazzili que utiliza técnicas de animação, e Sob as folhas, dirigido por Pedro Bayeux explorando recursos de videoarte.

TRANSFIGURAÇÃO - O conceito do novo álbum surgiu da música que dá título ao CD, e está também embutido nos versos declamados na abertura, de autoria de Manoel Filó (falecido no ano passado em São José do Egito), um dos poetas do Sertão cultuados pelo vocalista: "O Cordel fazia um show em Palmas (TO) quando eu soube da morte dele. Viajei logo depois para estar presente no enterro, em Tuparetama (PE)", conta o vocalista do Cordel do Fogo Encantado, que cresceu entre poetas e cantadores de viola.

O poema de Filó recebeu o título onomatopéico de Clank, o bater das grades fechando depois do preso ter alcançado a liberdade: "É simbólico, representa o encerramento do ciclo de O palhaço do circo sem futuro. O preso foge e ganha a liberdade que permite a transfiguração", explica Lirinha. (ouça trechos dos áudios nos links acima)

SERVIÇO:
Show de lançamento do CD Transfiguração de
Cordel do Fogo Encantado
Dia 6/10, às 21h, no Clube Português
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia) e R$ 350 (camarote), à venda na Oficina da Música (Av. Guararapes, nº 86), na Gramophone (Shopping Recife) e no local.
Informações: (81) 3231.5400
* Menores de 16 anos devem ir acompanhados de um responsável legal, identificado e com termo de responsabilidade.

(© JC Online)


Todos os rostos do Cordel

O Cordel do Fogo Encantado canta o repertório inteiro do novo disco, Transfiguração, apresentado até agora apenas no Rio e em Brasília

JOSÉ TELES

O Cordel do Fogo Encantado lança hoje, no Clube Português, seu terceiro CD, Transfiguração, que chegou às lojas no mês passado. Neste novo disco, produzido por Carlos Eduardo Miranda, o grupo volta-se mais para a canção melódica, porém sem deixar de lado a poesia declamada e a parede percussiva. Ao contrário dos CDs anteriores, cujo repertório foi maturado no palco, as novas músicas são praticamente inéditas em shows. A única exceção é Morte e vida Stanley, que vinha sendo mostrada ao vivo desde o ano passado. “Será o terceira apresentação que o Cordel faz com este novo repertório. Quer dizer, o público vai participar do nascimento do espetáculo, porque a gente ainda está acertando detalhes, cenário. Mas para o grupo já é tradição que o Recife esteja no começo de cada turnê. “Para a gente este show é fundamental, foi no Recife que a banda começou. Consideramos a cidade, tanto quanto Arcoverde, a matriz do grupo”. O comentário é de Lirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado, em entrevista por telefone, de São Paulo, onde mora.

Lirinha alerta para as mudanças na concepção de shows da banda: “Será um espetáculo bem diferente do que o Cordel veio apresentando durante cinco anos. Mudamos até a posição dos intrumentos. A percussão agora está na linha de frente, ao meu lado. Para reproduzir no palco os efeitos do disco, fazemos uso de mais samplers, com bem mais inserções de sons eletrônicos do que nas outras turnês”. Ele assinala também como diferente o ritmo que é imprimindo ao espetáculo, por conta do repertório de Transfiguração. “O show começa lento, no clima das músicas novas. Na estréia no Rio,na Fundição Progresso, a gente sentiu que o público como que observava as canções, o que era de se esperar, porque o disco nem tinha chegado ainda às lojas e ninguém conhecia o repertório. Mas as novidades foram bem absorvidas, sabemos pelo comentários que os fãs fizeram no site da banda”, analisa.

O ineditismo das canções tem como contrapartida o fato de o novo disco enfatizar as melodias – algumas delas poderiam inclusive fazer parte do repertório de qualquer banda pop, como é o caso de Preta, na qual Clayton Barros pilotou, no disco, um órgão Hammond (sampleado nas apresentações ao vivo). Mas os fãs que não se acostumaram ainda com o novo som do Cordel do Fogo Encantado não vão se desapontar: as músicas de Transfiguração são mescladas por “clássicos” dos discos anteriores, sobretudo do primeiro CD. “A gente faz todo o repertório de Transfiguração mas não deixa de fora as músicas que os fãs aprenderam a gostar, como Choveu, Tambores do vento que vem, que ficou conhecida como Poeira, Matadeira, Anjos caídos”.

Show de lançamento do disco Transfiguração. Hoje, às 22h, no Clube Português (av. Rosa e Silva, 172, Graças). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 e R$ 35 (camarotes).

(© JC Online)

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