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Qualidade para exportação

25/10/2006

Alceu Valença está no Música de Pernambuco


Governo do Estado lança o site Música de Pernambuco de olho no mercado internacional. Crítico do JC José Teles assina os textos


MARCOS TOLEDO

Uma situação que se tornou corriqueira para o pernambucano em outro lugar do País ou mesmo do exterior é ouvir alguém tecer os maiores elogios à cena cultural do Estado – principalmente a música – e citar alguns exemplos, em geral os mais conhecidos. Essa pessoa, no entanto, ficaria de queixo caído se pudesse ter uma noção mais próxima do que é a diversidade e o nível de qualidade da produção musical local. Algo que agora se tornou possível.

Entra hoje no ar o site Música de Pernambuco, projeto do Governo do Estado por meio de sua Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em associação com a produtora Astronave e o crítico de música do JC, José Teles. Trata-se de um banco de dados virtual com mais de uma centena de artistas musicais pernambucanos que é, ao mesmo tempo, um importante meio de divulgação dos talentos locais – 154 deles, inicialmente – voltado, sobretudo, para o mercado de fora de Pernambuco.

Os realizadores aproveitam esta data para o lançamento, pois coincide com mais uma participação do Estado com um estande na World music expo (Womex) 2006, feira que reúne na cidade de Sevilha (Espanha) produtores, artistas, agenciadores e donos de festivais, selos e gravadoras. Junto com o site, é divulgada ainda uma caixa com seis coletâneas (metade em CD duplo), divididas entre os temas: Forró, Música urbana, Frevo & Música de Carnaval, MPB, Cultura popular e Músicas instrumental & erudita.

“É um grande catálogo da música pernambucana que há muito tempo era solicitado pela categoria”, define o presidente da Fundarpe, Bruno Lisboa. Ainda segundo ele, o projeto é o produto final de experiências de divulgação da música do Estado que foram realizadas ao longo dos últimos anos, como o Music from Pernambuco (a primeira coletânea, inspirada em exemplos estrangeiros, que serviu de modelo para a atual e é hoje benchmarking em outros Estados brasileiros, como o Ceará), além da participação no Ano do Brasil na França e em feiras internacionais, e a realização do Porto musical, um dos principais fóruns de discussão sobre o assunto no País.

“É um site onde a gente está disponibilizando a história da banda, uma foto, uma música e seus contatos”, detalha Lisboa. “Pernambuco é o único Estado que tem um projeto para a música”, comemora.

O jornalista José Teles, responsável pela pesquisa e os breves textos sobre os artistas, valeu-se de sua experiência como curador da penúltima edição do Projeto Pixinguinha para selecionar os nomes cadastrados. O critério principal para entrar no rol é ter algum trabalho reconhecido com algum material gravado. “É um projeto voltado para quem já tem experiência”, ressalta Melina Hickson, representante da Astronave.

Bruno Lisboa salienta que o projeto não deve ser confundido com um catálogo da música pernambucana, mas visto como um site voltado para o mercado, para quem está em atividade querendo divulgar seu trabalho. “É um modelo que, inclusive, pode ser utilizado para todas as áreas da cultura”, sugere. “E não tem esse negócio de ‘estou fora’. Vamos estar alimentando esse material”, adianta.

“A idéia é que ele (o site) não está pronto – e nunca vai estar pronto”, confirma Melina. “É uma ferramenta. Os artistas é que vão ter que saber usá-la. Eles têm que perceber que é para o bem deles. Muitas bandas, por exemplo, ainda não mandaram o material completo”, exemplifica.

Em consenso, os realizadores acreditam que a próxima gestão do governo estadual, seja qual for a escolhida no pleito do próximo domingo, vai dar continuidade ao projeto. “Porque é do interesse da cultura de Pernambuco”, resume Lisboa.

(© JC Online)


Site entra no ar com 154 artistas cadastrados

Quem acessar o site Música de Pernambuco a partir de hoje, vai encontrar na página inicial a foto de um dos 154 artistas por ora cadastrados – numa apresentação que lembra uma fotografia polaroid – enquanto ouve uma das músicas inseridas na homepage. Na mesma página inicial, o internauta pode iniciar sua navegação selecionando a busca pelo nome do artista ou pelo gênero musical. O projeto foi executado em parceria com o webdesigner Américo Amorim, da empresa D’Accord Music Software.

Na página de cada artista há um texto breve do crítico José Teles, uma música (há a promessa de disponibilizar mais faixas no futuro), contatos como números de telefone e endereços eletrônicos, e um release fornecido pelos músicos, com informações como links para outras home-pages.

A inclusão de uma banda ou cantor em determinado gênero obedeceu ao estilo da música disponibilizada no site. “Ninguém queria ficar rotulando música nenhuma”, conta a produtora Melina Hickson, da Astronave. Na seção Música urbana, por exemplo, estão incluídos trabalhos mais pop, como rock e hip hop – inclusive de pólos urbanos do interior do Estado. Figuram artistas como Spider & Incógnita Rap, Aratanha Azul e Mombojó, por exemplo.

O brega foi o único gênero aparentemente não contemplado. “A gente não teve acesso e é muita coisa”, explica Teles. “E é muito volátil. Tem banda de hoje que amanhã não existe mais.” Em opinião consensual, os realizadores justificam ainda que se trata de um estilo que já conta com um forte esquema de divulgação, diferentemente dos demais presentes no projeto. “O forró, por exemplo, sempre foi muito discriminado”, lembra o jornalista.

Melina chama a atenção sobre a importância de os artistas cadastrados manterem sempre suas informação atualizadas. Sempre que o músico ou banda quiser atualizar a foto, a gravação ou o release, deve enviar para a central de manutenção do site, responsável por acrescentar ou modificar as informações. (M.T.)

(© JC Online)

Visite o site Música de Pernambuco
Visite o site Frevos de Pernambuco


Vídeo:

Conheça alguns músicos pernambucanos em São Paulo:

Com relação a este tema, saiba mais (arquivo NordesteWeb)


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