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Músico Sivuca morre em João Pessoa

11/06/2008

O paraibano Sivuca


Compositor da música Reunião de Tristeza lutava contra o câncer

Morreu no fim da noite de quinta-feira, aos 76 anos, o músico Severino Dias de Oliveira, o Sivuca. Ele estava internado desde terça-feira, 12, num hospital em João Pessoa, na Paraíba, para tratamento de câncer, segundo informações do jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. Sivuca compôs músicas conhecidas como Feira de Mangaio, Adeus, Maria e Reunião de Tristeza.

Talento musical

Sivuca nasceu em 26 de maio de 1930 na cidade de Itabaiana, interior da Paraíba, em uma família humilde de agricultores e sapateiros. Seus pais eram José Dias de Oliveira e Abdolia Albertina de Oliveira. A opção pela música se deveu à sua própria natureza albina, que sempre o impediu de ficar exposto ao sol na lavoura, ou mesmo batendo pregos nas solas de sapatos.

Aos 4 anos já tocava e cantava as músicas de um bloco de maracatu, conhecido como Maracatu de João Penca, que costumava passar próximo à sua casa. O som era tirado de uma harmônica rudimentar feita de madeira, presente de seu pai.

Em 1939, ganha, junto com os irmãos, uma sanfona, início de sua carreira de músico, animando casamentos e festas pelo interior. Aos 15 anos foi tentar a sorte em um programa de calouros, em Recife, tocando, entre outras, Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, música que gravaria, anos depois, em seu primeiro disco.

Contratado pela Rádio Clube de Recife em 1945, teve suas primeiras noções de teoria musical através do clarinetista Lurival de Olivera, músico da Orquestra Sinfônica de Recife. Foi o maestro e mestre Guerra Peixe, segundo ele próprio, quem conseguiu abrir seus horizontes musicais. Foi parar em São Paulo pelas mãos da cantora Carmélia Alves. Trabalhou em dezenas de programas de rádio e foi do elenco fixo da TV Tupi de 1955 a 1959.

Em 1958, foi representar o Brasil na Europa, juntamente com músicos como Abel Ferreira e o Trio Iraquitã. Morou quatro anos em Paris, de 1960 a 1964 e, em 1965, já estava nos Estados Unidos para integrar, como guitarrista, o conjunto de Miriam Makeba, famosa pela gravação de Pata Pata. Com ela viajou pela África, pela Europa e pela Ásia. Foram mais de dez anos acompanhando músicos de todas as vertentes e dirigindo musicais nos EUA. Voltou ao Brasil, em 1975, e gravou o belo Sivuca e Rosinha de Valença. Também compositor de mão cheia, compôs clássicos como Feira de Mangaio, com a mulher Glorinha Gadelha, sucesso na voz de Clara Nunes, e João e Maria, com Chico Buarque. Gravou com os gaitistas Toots Thielemans , Rildo Hora e interpretou Pixinguinha, Luperce Miranda e Bach.

(© Agência Estado)


Morre em João Pessoa, vítima de câncer, Sivuca – o menestrel da música


 Sivuca: um dos mais importantes músicos do Brasil
Já está sendo velado no Parque das Acácias, em João Pessoa, o corpo de Sivuca, morto a meia noite desta quinta-feira, no Hospital Memorial São Francisco, vitima de câncer na laringe. Seu sepultamento está programado para às 17 horas de hoje.

Segundo familiares, Sivuca estava internado no hospital desde a última terça-feira quando seu estado clínico piorou levando sua companheira, a compositora e cantora Glorinha Gadelha, a ter que levá-lo para acompanhamento médico hospitalar.

Sivuca sofria de câncer, há mais de um ano, e estava sendo acompanhado por médicos e sua mulher em seu apartamento no bairro de Manaira, em João Pessoa.

Quem era - Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como Sivuca. Nasceu em Itabaiana, estado da Paraíba, 26 de maio de 1930 . Além de compositor, Sivuca é um notável acordeonista (sanfoneiro). É casado com a compositora e medica Gloria Gadelha, nascida em Sousa, estado da Paraíba.

Sivuca contribuiu significativamente para o enriquecimento da música brasileira, sendo reconhecido internacionalmente por seu trabalho. Suas composições e trabalhos incluem, dentre outros ritmos, choros, frevos e forrós.

Sua iniciação musical se deu na infância, tocando em feiras e festas populares já aos 9 anos de idade. Mudou-se para Recife aos quinze anos de idade, onde adotou seu nome artístico.

Seu primeiro LP, em 1950, em parceira com Humberto Teixeira, continha o seu primeiro grande sucesso, "Adeus, Maria Fulô" (que foi regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes, nos anos 60).

A partir de 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como arcodeonista dum grupo chamado Os Brasileiros, chegou a morar em Lisboa e Paris.

Morou em Nova York de 1964 a 1976, onde entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso "Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da década de 60.

 Sivuca: talento reconhecido internacionalmenteOutros detalhes - O talento de Sivuca se manifestou precocemente. Com 9 anos já animava casamentos e festas pelo interior. Aos 15 foi tentar a sorte em um programa de calouros, em Recife, tocando, entre outras, Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, música que gravaria, anos depois, em seu primeiro disco.

Estudou harmonia com o maestro Guerra-Peixe e foi parar em São Paulo pelas mãos da cantora Carmélia Alves. Trabalhou em dezenas de programas de rádio e foi do elenco fixo da TV Tupi de 1955 a 1959. Em 1958, foi representar o Brasil na Europa, juntamente com músicos como Abel Ferreira e o Trio Iraquitã.

Morou quatro anos em Paris, de 1960 a 1964 e, em 1965, já estava nos Estados Unidos para integrar, como guitarrista, o conjunto de Miriam Makeba, famosa pela gravação de Pata Pata. Com ela viajou pela África, pela Europa e pela Ásia. Foram mais de dez anos acompanhando músicos de todas as vertentes e dirigindo musicais nos EUA.

Voltou ao Brasil, em 1975, e gravou o belo Sivuca e Rosinha de Valença. Também compositor de mão cheia, compôs clássicos como Feira de Mangaio, com a mulher Glorinha Gadelha, sucesso na voz de Clara Nunes, e João e Maria, com Chico Buarque.

Gravou com os gaitistas Toots Thielemans , Rildo Hora e interpretou Pixinguinha, Luperce Miranda e Bach. Aos 73 anos, Sivuca era um dos mais talentosos músicos em atividade no mundo.

(© WSCom)


VÍDEO

Veja Sivuca tocando Céu e Mar, numa apresentação na Suécia - em 1969


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